Chegou o carteiro e trouxe novidades. Maria Teresa intencionalmente incauta pôs o lenço pela cabeça e foi ao encontro dele. As suas feições rosaram e sorriu envergonhada ao pegar nas cartas. Voltou ao conforto do seu sofá mais do que cheia de novidades, o seu coração estava acelerado.
Tinha acabado de chegar o novo trabalho de Alicia Keys - The Element of Freedom. Depois de ter visto o video do Jay - Z, "Empire state of mind" ficou a adorar a música. Agora não consegue tirar da cabeça o Broken Down de Alicia Keys da mesma música. Pelo menos agora já não é uma música sobre um rapper, que vende droga e patrulha as ruas da cidade em busca de gangsters para armar briga e quando voltar p'o guetto cheio de si "chinga" dos colegas e amigos da rua. Ainda por cima é um gangster que veste cabedal e anda sempre de óculos Rayban, para impressionar a sua "hoe" favorita. A história já não se passa na cidade do pecado, mas sim na cidade que não dorme, repleta de pessoas de todas as culturas e raças que tentam a sua sorte na corrida para morder a Big Apple. Maria Teresa identifica-se muito com as mulheres que trabalham no duro em Nova Yorque!
Então, decide cantar Alicia Keys - Empire State of Mind part II.
Ainda na secção das novidades, encontra Oprah Winfrey que anunciou a sua retirada do famoso talkshow em 2011. Ficam as memórias de sensacionalismo, de 25 anos a gritar nomes de pessoas famosas e a oferecer prendas de fazer inveja a qualquer rico. Logo agora que arranjou uma desculpa fenomenal para ser gorda na televisão! Tyra, se queres o lugar da Oprah, não te basta uma grandessíssima testa, tens de ter um cú que encha a cadeira! Falando em despedidas, Beyoncé também anunciou o fim da sua carreira musical. Será que vai seguir as pegadas do seu "mais-que-tudo", que já anunciou o fim da carreira cinco vezes ao longo dos últimos dez anos e, continuamente, regressa com um álbum que vende ainda mais do que o anterior. Chama-se a isso estratégia comercial. É o rebentar da guerra nas trincheiras da Billboard.
Deve ter sido em cantores como Jay-Z e Eminem que se inspiraram os D'zrt, para lançarem um DVD de despedia que vendeu "poderes", como programado e voltar um ano depois. Nosso Senhor, Jesus Cristo e a Santissima Trindade nos livrem do mesmo passar pela cabeça dos Tokio Hotel. As pitas iam todas cortar os pulsos, e era a solução para o problema do aquecimento global. Seriam eliminados milhares de "puns" diários.
Britney volta à carga, num fato-de-banho branco, ao género Madonna, para se assumir ainda mais badalhoca. Aliás, Madonna, em 2006 apresentou-nos o body, abrindo um precedente no mundo da música, pois desde então todas as cantoras tem vindo, progressivamente, a perder as calças. Dois já não são suficientes para fazer a festa. Lembro a sabedoria popular "três é demais, um é de menos". Serão as influências do namorado novo, que também é o seu manager? Madonna perdeu as calças e encontrou Jesus, será este novo amor de Britney a sua salvação? O que é certo é que o seu último single é caracterizado pela sonoridade pop electrónica, a que Madonna já nos habitou. Dança, a princesa, agarrada a um varão gigante e desencontra-se no meio de tantas sacudidelas de cabelo.
Maria Teresa, após ler os mexericos semanais, levantou-se e caminhou em direcção à cozinha, para descascar as batatas. Já eram horas de ter o almoço feito. Já sente ao longe o bafo a vinho de cheiro do marido que vem cambaleando rua acima. E pensa:
- Lá vem ele bêbado outra vez!
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